terça-feira, 8 de novembro de 2011

AVC


Com a nossa vida agitada, excesso de peso, pressão arterial alta, ficamos mais propensos a algumas doenças que podem ser fatais.
Acidente Vascular Cerebral, ou derrame cerebral é o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro e uma das causas de morte mais freqüentes nos últimos tempos sendo a terceira causa de morte mundial e a principal causa de incapacitação mental e física.
Um dos fatores que mais preocupa é a pressão arterial alta e muitas pessoas nem sabem que tem, por esta razão é necessário que se faça exames de rotina para detectar problemas que com orientação médica e medicamentos corretos possam ser evitadas.

Causas

  • Vida sedentária
  • Alimentação errada e rica em gorduras
  • Excesso de sal na alimentação
  • Uso de medicamentos que elevam a pressão arterial
  • Excesso de peso
  • Fumar
  • Diabetes
  • História de AVC na família

Sintomas

  • Dores de cabeça forte sem causa definida
  • Confusão mental repentina
  • Dificuldade em falar e compreender
  • Tontura
  • Visão turva
  • Dificuldade em caminhar
  • Fraqueza na face, braço ou perna em especial em um lado do corpo
  • Sonolência
  • Vômito
  • Náusea
  • Prisão de ventre prolongada
  • Febre
  • Dor ao urinar

Dicas de como prevenir o AVC

  • Não fume
  • Mantenha sua pressão arterial controlada
  • Pratique exercícios físicos regulares
  • Mantenha seu peso adequado
  • Evitar o consumo exagerado de álcool
  • Alimentação equilibrada, pobre em sal, açucares e gorduras saturadas
  • Monitorar a pressão arterial
  • Fazer exames regularmente de glicose (diabetes)
  • Realizar eletrocardiograma
  • Manter o colesterol em níveis normais.
  • Faça atividades relaxantes  como uma caminhada ao ar livre, conversar com amigos, passear com o cachorro.

Medidas a serem tomadas em momento de emergência

É importante dizer que o AVC é uma urgência e em muitos casos em que o socorro demora os pacientes não chegam ao hospital vivo, portanto o paciente precisa ir a um Pronto Socorro imediatamente.
Nunca medicar a pessoa sem orientação médica e mantê-la em repouso caso esteja aguardando um resgate.
De uma maneira geral ninguém está livre de ter um AVC, mas a probabilidade dobra após os 55 anos de idade. Os homens são mais propensos que as mulheres, mas após os 60 anos os riscos são os mesmos.
Devemos então ter uma vida regrada e cuidarmos da nossa saúde sempre para prevenirmos todos os fatores de riscos e podermos ter uma qualidade de vida e mais tranqüilidade na idade mais avançada.

O INFARTO DO NOVO SECULO

PROBLEMAS EMOCIONAIS E AMBIENTAIS, ASSOCIADOS À PRÉ-DISPOSIÇÃO GENÉTICA, SÃO GATILHOS PARA DOENÇAS CARDÍACAS.

Uma forte dor no coração, como se ele rasgasse por dentro, subitamente. A frase parece apenas uma metáfora clichê, sempre acessível para descrever uma mágoa profunda, mas não física. O coração partido, porém, no auge do século 21, deixou de ser muleta dos sofredores e passou a fator de risco para problemas cardíacos. Dor de amor também pode matar.

Depressão e problemas emocionais, associados a uma predisposição genética, estão entre as causas de infartos em pacientes jovens, alerta Marcelo Ferraz Sampaio, cardiologista do Hospital Oswaldo Cruz, chefe do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo e especialista no tema.

O médico revela que nos últimos anos, o índice de infartos atípicos no setor de emergência do hospital foi surpreendentemente alto. Além do fator numérico, os pacientes tinham características clínicas semelhantes: jovens, em sua maioria mulheres, saudáveis, mas com incidentes cardíacos severos.

“Observávamos, ao fazer a identificação da artéria, que o coração tinha infartado, mas não havia lesão. Começamos, então, a desvendar como essa artéria poderia ter provocado a restrição de fluxo por mais de 20 minutos, sem ter nenhum comprometimento.”

Ao confrontar os pacientes com pesquisas internacionais, o especialista constatou que essas artérias sofrem um Sistema de Restrição Dinâmica ao Fluxo. A consequência e o processo são semelhantes ao que ocorre em um infarto tradicional, provocado pela conhecida lista de fatores de risco: obesidade, diabetes, hipertensão e cigarro. Neste caso, no entanto, o gatilho é emocional.



Como ocorre

A passagem de sangue é obstruída não pelas placas de gordura, mas por um estreitamento das paredes da artéria, responsável por interromper o fluxo. O mesmo evento é diagnosticado em casos de overdose de drogas como cocaína e crack, ou no uso de anabolizantes.

"Também é possível que as plaquetas do sangue fiquem como se fossem 'tresloucadas', interrompendo o fluxo subitamente, gerando os infartos. Descobrimos que esses pacientes têm alteração da formação das plaquetas”, explica o especialista.

Esse mesmo processo ocorre em pacientes com depressão. “A doença emocional, em tese, não é fator de risco pra doença cardíaca, mas pode ser, em determinadas circunstâncias, o fator principal”, endossa Sampaio.

Coração rasgado

Magra, saudável, ativa e aparentemente feliz. Os três adjetivos costumeiramente usados para definir a professora de física Iris Galetti também a mantinham fora do grupo de risco de mulheres com problemas cardíacos.

Em janeiro de 2008, durante uma reunião no colégio onde trabalhava, primeiro dia após as longas férias de verão, a professora sentiu um mal-estar pungente. Uma forte dor no peito e braços dormentes. A pressão, porém, ao ser medida na enfermaria do local de trabalho, estava normal.

Com náuseas e dores no peito, ao chegar ao hospital, Iris descobriu que tinha infartado. Foram oito dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e mais uma semana no quarto, até receber alta. Aos 49 anos, ela tinha perdido boa parte do coração – o ventrículo esquerdo ficou com o músculo praticamente morto.

“Jamais pensei que eu poderia infartar. Minha família tem histórico de câncer, não de problemas cardíacos. Achei que os médicos estavam errados. Nunca fui hipertensa, sedentária, e tenho uma verdadeira obsessão por alimentação saudável.”

No entanto, há mais de quatro meses Iris tentava digerir, sozinha, uma mágoa muito profunda. Nas palavras da professora, que prefere reservar a história, a decepção foi difícil de suportar. Por meses, o problema emocional ocupou boa parte de sua vida pessoal.

“Depois do infarto eu me dei conta do que tinha ocorrido. Lembro que o médico que me atendeu quando fiz o segundo cateterismo disse que minha artéria tinha rasgado, como se uma lâmina a tivesse cortado, literalmente.”

O estresse da vida profissional e o excesso de responsabilidades, dentro e fora de casa, somados aos conflitos e decepções pessoais, transformaram-se em um coquetel venenoso para um coração normal, sem problema algum.

O fator genético

A literatura médica mundial aponta que 15% dos infartos sem os fatores de risco tradicionais – cigarro, diabetes, obesidade e hipertensão – foram desencadeados por processos que começaram no âmbito psicológico. A matemática, porém, não é simplista e imediata. Para que o coração partido ultrapasse a metáfora é preciso que exista uma série de combinações genéticas e ambientais.

A analogia da chave e da fechadura é a maneira como Sampaio consegue traduzir os preceitos da medicina genética a seus pacientes. Nas palavras do médico, a predisposição dos genes nada mais é do que uma fechadura. “A porta está fechada. A chave é o estresse emocional, e a fechadura sua carga genética. Quando a chave certa encontra a porta certa, a doença aparece.”

O mapeamento genético, porém, não seria uma forma de prevenção. Embora o Projeto Genoma tenha mapeado todos os genes que existem no organismo humano, a medicina ainda não conseguiu antecipar quais combinações entre esses genes são responsáveis por desencadear as mais variadas doenças. A única forma de manter-se longe dos infartos, tradicionais ou atípicos, seria a manutenção da saúde, tanto mental quanto física, defende o médico.

“Hoje os alimentos não são mais saudáveis, passam por agrotóxicos para conservação. Não só comemos mal, como recebemos o alimento em pior estado. A falta de tempo é desculpa para tudo. A pressão do dia a dia faz com que o artifício de relaxamento e prazer seja uma comida calórica, gordurosa. O chocolate nos dá o prazer que não temos no trabalho, na família, na relação sexual. Esse comportamento social do mundo moderno gera pessoas mais expostas.”

A experiência individual não serve apenas de alerta. Para contornar os problemas emocionais, Iris trocou a lousa pelos pincéis – ministra aulas de pintura em faiança para mais de 30 alunos, produz peças para venda e toca o próprio ateliê. O coração bate devagar, quase ao som do new age, música fundo de suas aulas, mas ela se define clinicamente como ótima: controla a alimentação, toma uma taça de vinho nos dias mais agradáveis, pratica atividade física regularmente - uma caminhada leve de 60 minutos - e aposta que ultrapassará a casa dos 100.

Na receita médica, as indicações permanecem universais, e cabe a cada um achar seu componente pessoal: alimentação balanceada, atividade física regular, lazer, tranquilidade e terapia – esvaziar a mente dos problemas e não permitir que eles consumam o organismo – podem ajudar a blindar o coração.



Fonte: Portal da Educação Fisica